Psicografia de Rafael que desencarnou lutando contra o Câncer: “O que eu passei era a lição que eu precisava”

A psicografia foi obtida através da mediunidade do médium psicógrafo Orlando Noronha, que viaja por várias cidades do Brasil entregando mensagens consoladoras para as famílias enlutadas.

Percebe-se que, na psicografia, o jovem, embora tenha desencarnado na fase adulta, ele prefere dar muitas referências da sua infância. Detalhes estes que para a família que escutava a leitura, eram incontestáveis.

Início da comunicação:

Querida mãezinha Ana (…), minha mãe linda e bonita. Começo esta carta dizendo que o vovô Raimundo está aqui comigo. E ele segura em minhas mãos.

Mãe, não sei por qual o processo, seu filho se sente saudoso com meus tempos de criança. Junto com você, meu papai Rafael, o meu irmão Felipe será a continuação de mim mesmo ao seu lado.

Meu coração bateu forte e diferente nesse local que é um canto do céu. Aqui, a natureza que nos abraça, a presença de animais simples e puros, pessoas dedicadas que nos abraçam. E por aí tudo que segue…

Não é só você que está mexido com tudo o que nos acontece, aqui, nesse pouso de paz e esperança.

É seu filho que está com a camiseta branca, que está na foto em sua bolsa e documentos, e que você escolheu acompanhar até aqui. O vovô Raimundo tem me ensinado a entender o Câncer, que rompeu de uma hora para outra e que o diagnóstico exigiu a quimioterapia.

Foi tudo feito certinho. Os médicos foram o “máximo” para comigo. E você, o papai Rafael e o Felipe me deram o melhor de seus corações para que não me faltasse esperança e coragem para tudo enfrentar com mais ânimo.

Procurei fazer de tudo para ser forte. E os médicos até ficaram surpresos por não terem tido algumas reações esperadas.

Lutei o que pude, mas mãe… o mapa de nossa vida tem uma bússola. Essa bússola, chama-se Deus e ela nos dirige.

Mãe, Deus não é um juiz implacável que dita castigos! Não mesmo… Ele não seleciona quem irá sofrer, pois o pai mais simples na vida humana não castiga seu filho.

O que eu passei era a lição que eu precisava para resgatar alguns problemas do meu passado, que um dia eu saberei o por quê. Mas quero que você me olhe nas lembranças em casa sem preocupação, pois eu não tenho mais nada.

Estou novo em folha, dando meu “trato” no cabelo, acertando fio por fio. Mande meu abraço para a Camila, que deverá ser muito feliz em seu caminho, e que vou localizar o seu Vladimir para ela. E em outra oportunidade eu falo.

O tempo passa e eu vou lhe deixar a minha marca. Me vi criança, adorando os meus carrinhos. Lembrei das paradas com vocês, querendo os carrinhos que eu colecionava e, por isso, que sem ser designer (…), deixo eu, aqui, o meu pobre desenho que marca ser seu filho, aqui.

[Ao final da psicografia a criança deixa um desenho que só a família reconheceria o significado. Trata-se do desenho de um carrinho, que ficava em cima da cômoda.]

Mãe, te amo.

Rafael Cortêz Jr.

Originally posted 2019-04-30 05:36:22.