Perseguidos e Maltratados: Nossos Irmãos Imigrantes

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Em janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7 MW atingiu o Haiti. Seu epicentro foi na península de Tiburon, aproximadamente a 25 km da capital, Porto Príncipe. Análises indicam que cerca de três milhões de pessoas foram atingidas pelo sismo, levando a óbito mais de 200.000 pessoas.

Diante do impacto do terremoto, sistemas de transporte, energia, saúde e comunicação foram extremamente atingidos, chamando a atenção da comunidade internacional, que atendeu os mais diversos pedidos de ajuda humanitária, mesmo com todo o caos e dificuldades estruturais existentes decorrentes do sismo. Com o passar do tempo, a situação foi piorando, devido a demora no atendimento dos pedidos de ajuda, que fez com que os setores de segurança e saúde passassem a enfrentar um cenário crítico, com protestos públicos e violência (Wikipedia).

Eles vieram para o Brasil em busca de oportunidade de emprego e uma vida melhor, pois seu país ainda não se recuperou do terremoto.

Estima-se que 65 mil haitianos chegaram ao Brasil entre 2011 e novembro de 2015.

A maioria não consegue carteira assinada e a construção civil parece a melhor escolha para emprego.

Discriminados, perseguidos e até maltratados, acabam dependendo da “caridade de quem lhes detesta”.

Comumente são chamados de macacos, pretos imundos e gays.

Assisti a um vídeo que mostrava um exemplo de como são tratados. O repórter foi informado que os paulistanos eram cruéis com eles. Até no ônibus eram hostilizados.

O jornalista resolveu arriscar: subiu junto com o Haitiano para comprovar.

Com uma câmara escondida na cintura, procurou acompanhar o imigrante durante o percurso. O ônibus foi enchendo de pessoas até a lotação. Mas, como havia informado nosso amigo haitiano, no lugar vago do banco onde estava sentado ninguém ocupava. Os passageiros ficaram em pé até o ponto final, mas não se sentaram ao lado do imigrante.

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Somos todos imigrantes. Nosso país tem somente 500 anos de descobrimento. Nosso povo é composto de descendentes europeus, asiáticos, africanos etc.

Além do mais, os Espíritos nos ensinam que os Mundos habitados são solidários entre si, havendo imigrações e emigrações de espíritos, de tal sorte que podemos viver em muitos planetas na nossa jornada evolutiva.

Nossa casa é o Universo – e isso basta!

Acolhamos nossos irmãos imigrantes com a mesma atenção e cortesia que desejaríamos fossem dispensadas a nós se estivéssemos no lugar deles.

Sejam bem-vindos nossos irmãos sírios, haitianos, cubanos e quem mais vier.

Somos todos iguais.

Fernando Rossit

-O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, questões 176 e 803.