Parentes Difíceis

A doutrina espírita nos explica que nós e nossos parentes somos afetos ou desafetos de muito tempo, ou seja, construímos uma história juntos, seja ela positiva, seja ela negativa.

Assim, estamos sempre no lugar certo e com as pessoas certas para o nosso convívio e aprendizado.

E ante a Lei de Causa e Efeito somos responsáveis pelas ligações que edificamos. E a Lei de Amor nos ensina a necessidade de aprendermos a Amar e nesse processo, no estágio que estamos, pressupõe aprender a compreender, a entender, a aceitar, a auxiliar, a buscar transformar sentimentos negativos em sentimentos positivos.

Procuremos compreender e perdoar incompreensões, ciúmes e a intolerância de todos aqueles que a Divina Providência colocou sob o mesmo teto que o nosso.

Nem sempre nossos parentes são nossos amigos. O grande sábio Salomão já dizia que:…há amigo mais chegado que um irmão (Prov. 18:24).

A abençoada lei de amor e justiça, que é a reencarnação, nos proporciona quitar débitos com os mesmos adversários de ontem, vivendo hoje conosco sob as mesmas telhas na condição de pais, mães, filhos, irmãos e cunhados.

No lar, ao lado de almas queridas, encontramos também antigos desafetos, que a sabedoria divina coloca ao nosso lado como oportunidade de reconciliação e resgate.

Diante do parente mais difícil, necessário se faz o exercício da compreensão, da paciência e perdão.

“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais a caminho” (Mt 5:25), aconselhou Jesus.

Aproveite a oportunidade de caminharem juntos, pois talvez ao longo do percurso, encontraremos o momento mais adequado e propício para esta reconciliação.

Perdoe sempre, pois presos à carne só enxergamos uma face da moeda de nossas existências. A outra face só nos será revelada quando estivermos no mundo espiritual.

Por isso, muitas vezes pensamos ser vítimas quando na realidade somos algozes.

Nunca esqueça que não tem os parentes que sonhou e sim aqueles que merece.

Estamos situados na família certa junto das pessoas mais adequadas à nossa evolução. Esforce-se, para amá-los, tendo para com eles, os nobres sentimentos do perdão, da tolerância, da resignação e da paciência.

Fonte: www.verdadeluz.com.br