Feliz Ano Novo

No final de 2012 li uma crônica de uma jornalista, na Folha de São Paulo, muito interessante. Ela dizia que se sentia um pouco decepcionada e triste no final de 2012 e que estimava que suas dores, obstáculos e infelicidades durante o ano haviam sido por demais pungentes. Mas como é jornalista, teve uma ideia: lembrou-se que tinha o hábito de registrar os mais importantes eventos do dia num diário.

Na verdade, ela mesma tinha dúvidas com relação ao que tinha passado, porque temos o hábito de fixar nossa mente naquilo que é ruim e ficar “ruminando” aquilo.

Fez então o seguinte: criou duas colunas numa folha de papel em branco. A primeira intitulou “momentos bons”, a segunda, o contrário. Foi lendo o seu diário e marcando na folha de papel os fatos agradáveis numa coluna e os tristes na outra coluna.

Quando terminou, uma surpresa: a contagem dos momentos bons resultou numa quantidade 5 vezes maior que a dos ruins.

A conclusão que tiramos disso tudo é que pouco valorizamos aquilo que recebemos de bom da vida, representado por tantas bençãos que nos alcançam todos os dias. Mas ficamos fixados em qualquer contrariedade que nossa rebeldia impede que vejamos com discernimento, contrariedades e provações – aliás – , que só nos atingem quando a flecha venenosa que atiramos nos outros resolve voltar.

Esquecemo-nos, muitas vezes, que a tristeza faz parte da vida, da natureza humana, e que tem função importante na nossa formação emocional e espiritual. Que sem as frustrações jamais conseguiríamos, sozinhos, dar conta dos obstáculos e “nãos” da vida.

Portanto, viva a vida porque é bonita, é bonita, é bonita, como diz o compositor Gonzaguinha.

UM ÓTIMO 2020 PRÁ TODOS NÓS, COM MUITAS LIÇÕES E APRENDIZADO, MOMENTOS FELIZES, OUTROS NEM TANTO.

QUE POSSAMOS SAIR MAIS FORTES E MADUROS DESSE BOM COMBATE, ABSOLUTAMENTE DELICIOSO CHAMADO VIDA.

Fernando Rossit