O Oficial Nazista Reencarnado

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Ele chegou ao Centro Espírita muito doente. O desequilíbrio atingira o ápice e, embora não fosse espírita, os recursos que a Doutrina poderia lhe oferecer era sua “última chance”.

Não conseguia dormir. Sentia a presença de “pessoas” dentro da sua casa e passou a ter crises de pânico. Não conseguia entrar na piscina de sua casa porque “percebia” que estava repleta de sangue. Seu quarto se transformou num quartel-general e ele percebia a presença de “oficiais militares” em movimentação constante. Queria se matar, pois não via saída para seu sofrimento.

Podemos dizer que o caso de Carlos (nome fictício)  foi um tratamento espiritual emblemático para nós em 38 anos de sala mediúnica.

Tratava-se de um ex-oficial nazista, que participou diretamente das fileiras de Hitler na segunda guerra mundial. Suas vítimas, hoje transformadas em perseguidores espirituais, eram, na sua maioria, judeus desencarnados. Conseguiram localizá-lo reencarnado aqui no Brasil e a partir daí montaram um verdadeiro cerco para “destruí-lo”.

Criaram, com o poder da mente e graças a fluidez da matéria primitiva (Fluido Cósmico Universal), bem como a plasticidade com que responde ao poder criativo do pensamento, um verdadeiro quartel-general na residência de Carlos.

Para os médiuns videntes, sua casa física não “mais existia”, dado que fora totalmente sobreposta por uma outra construção – fluídica – onde centenas de judeus faziam guarda no seu entorno bem como nas duas torres erguidas para “vigilância”. Para eles, Carlos não poderia escapar. Tinham que destruí-lo fazendo justiça aos desmandos de que participou na guerra estúpida, destruindo suas casas, famílias e país.

O caso para nós, pequenos e imperfeitos servidores, era desafiador. Mas insistimos no Bem, eis que tudo podemos Naquele que nos fortalece, e movidos, também, pela compaixão que nos envolveu seu caso delicado. Tínhamos que fazer algo por aquele jovem de 23 anos.

A orientação doutrinária como o mais eficaz medicamento para amenizar seu sofrimento foi-lhe ministrada: passes, palestras, Evangelho no Lar, preces e vigilância, bem como reforma íntima com mudanças de hábitos e costumes.

As entidades comunicavam-se revoltadas. O desequilíbrio causado pelo ódio e desejo de desforço levaram-nas, em alguns casos, à lincantropia.

Foi um trabalho que durou mais de um ano. Até que, graças a misericórdia do Pai e dedicados trabalhadores da seara do Bem desencarnados, um dia o destino desses irmãos mudou para sempre.

Grupos de judeus desencarnados, alguns deles parentes e amigos daqueles irmãos infortunados, construíram uma grande barraca hospitalar no ambiente espiritual da nossa Casa Espírita, para recebê-los em tratamento naquela noite inesquecível. Era comovedora a visão espiritual desses irmãos em fila, ingressando, um a um, no pronto-socorro montado pelos trabalhadores de Cristo.

Na reunião mediúnica, parentes da metade do século passado se acercaram dos judeus perseguidores e os acalmaram, envolvendo-os amorosamente, com a promessa que de após recolhidos e receberem os primeiros socorros, seriam “repatriados”, podendo retornar aos seus países de onde foram retirados cruelmente durante a segunda guerra mundial. E mais: nossos irmãos judeus poderiam reencarnar nas famílias que “perderam”, reencontrando parentes e afetos queridos.

Trabalhadores espirituais, especializados em manipulação fluídica, se encarregaram de desfazer a construção assustadora que fora criada pelos nossos irmãos vítimas da guerra.

A reunião mediúnica durou cerca de uma hora e meia….

Ao final da comovedora experiência que nosso grupo mediúnico teve a alegria de participar, agradecemos ao Senhor da Vida e a Jesus, o fiel Amigo nas provações e sofrimentos por que passamos na Terra.

Carlos, a partir daquela noite memorável, obteve melhora significativa. Aos poucos todos os sintomas desapareceram e retornou ao equilíbrio. Hoje está liberto das injunções obsessivas daquela época.

Casou-se e tem um filho. Enviou-me uma foto onde aparece ele, a esposa e o filho, sorridentes e felizes aproveitando a refrescante água da piscina nesses dias de calor.

Fernando Rossit