A Dimensão Espiritual da Não-violência.

Ainda na série Não-violência como ferramenta de mudanças e ações sociais, motivados e motivando, a proposta social pacífica dos Brasileiros em busca de melhoras nas condições do país. (Veja também parte 1 – parte 2 – parte 3)

Para Ghandi a Não-violência é ao homem mais natural que a violência. Sua doutrina é fundamentada na predisposição do homem ao amor. No entanto, o homem se encontra profundamente enfermo, e sua disposição natural ao amor não se apresenta como um valor atingível. Em sua condição desequilibrada, o homem enxerga a violência como caminho, a “lei da força” ou “seleção pela força” uma realidade sacrificial necessária à humanidade. Sente-se obrigado a deixar a lei do amor ao lidar com as intempéries vida.

Apesar da extrema dificuldade da Não-violência, que precisa de imensa coragem somente obtida através da prece, moralização e disciplina espiritual. Coragem tal que requer desapego às paixões terrenas, ao orgulho e ao egoísmo… jamais será alcançada sem o sentimento de Deus, da vida eterna e da pluralidade das existências. Naturalmente, nos leva a enxergar nos outros aquilo que somos: espíritos necessitados, em dificuldade e constante crescimento.

De toda maneira a violência é sinal de fraqueza, de inferioridade e ignorância.  Segundo Ghandi, um homem fraco inclinado à violência, somente tem ações justas por acidente. São os não-violentos (e por extensão as sociedades não-violentas), que são consistentemente justas. Assim sendo, uma sociedade realmente livre e justa, deve ser construída na fundação da Não-violência (ou amor ao próximo, para os cristãos).

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Originally posted 2013-07-19 00:40:49.